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REVOLUÇÃO FARROUPILHA

Praia da Alegria - O ponto de partida

Terreno número zero do loteamento Balneário Alegria, Praia da Alegria, fundos do Clube Recreativo Riocell, proximidades desta indústria, na cidade de Guaíba. Às margens do estuário do Guaíba, o que há de menos ali é areia. Onde deveria estar a praia existem muitas pedras.

Na época da Revolução Farroupilha funcionava no local um charqueada, pertencente a um dos revolucionários de primeira hora, Gomes Jardim. Foi dessa charqueada que foi lançado o ataque a Porto Alegre, que começou com a tomada da ponte da Azenha, deflagrando o movimento.

"Deste lugar saiu na tarde de 19 de setembro de 1835 Gomes Jardim com sessenta farrapos para tomar Porto Alegre", diz a placa num monumento cercado existente ao lado de uma residência particular. O monumento original ficava no terreno dessa residência, mas foi transferido para o ponto onde se encontra, onde está abandonando. A placa original era em bronze e foi roubada há alguns anos.

Um dos barcos que conduziu os farroupilhas até Porto Alegre, na outra margem do Guaíba, o "Avante", foi usado depois da guerra pelos descendentes de Gomes Jardim e ficou muito tempo ancorado, abandonado, na Praia da Alegria, onde foi visto até o início do século. Não se sabe o que foi feito com ele.

A velha ponte do Moinho um local estratégico

Porto Alegre mal dava seus primeiros passos no século XVIII quando, fora dos limites de sua pequena vila, uma ponte já começava a preocupar suas autoridades. Tratava-se de permitir mais facilmente o acesso a uma parte significativa dos arredores da povoação, para onde se daria a expansão natural de uma futura cidade. No local onde viria a se construir a estratégica ponte - importância essa confirmada quando os farrapos a tomaram numa escaramuça com as forças imperiais antes de conquistarem Porto Alegre, no início da Revolução Farroupilha -, havia antigamente um moinho d'água de Francisco Antônio da Silveira, o Chico da Azenha. Azenha, porque ele era o proprietário da azenha onde se moía o trigo que atendia as necessidades de farinha da vila.

Segundo o "Guia Histórico" das ruas de Porto Alegre, de Sérgio da Costa Franco, em 1777 os membros da Câmara Municipal de Porto Alegre já discutiam a concessão de verbas para a construção da ponte, que, portanto, foi a primeira edificada no local. Mas que não foi duradoura, por uma razão que as pessoas que ainda hoje se movimentam pela avenida Ipiranga percebem muito facilmente: quando chove nas cabeceiras do arroio Dilúvio. Em pouco tempo ele pode passar de um pacato arroio a um violento riacho, profundo e com muita correnteza.

Portanto, em 1802, os vereadores precisaram se reunir novamente para tratar da ponte, desta vez para mandar reconstruí-la "à custa de todos os moradores que transitam pela dita ponte", como informa Costa Franco. A reconstrução foi efetuada várias vezes, até que em 1935 foi feita a que ainda se mantém no local: mais larga e bem mais sólida que as anteriores, como facilmente se verifica ao observar-se a estrutura que diariamente suporta uma intensa movimentação de veículos. Das 7 às 20 horas passam pela ponte, diariamente, quase 100 mil veículos.

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